segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Interestelar...




 

Três horas de um filme que te prende na cadeira independente de conforto, fome, sede ou qualquer outra necessidade mundana.

Isso é um exagero, mas serve para dizer que o filme é muito bom. Muito bom mesmo.

Sinopse: a Terra foi pro car... e os seres humanos, aparentemente, desistiram de tentar sobreviver e vivem como podem, aguardando o momento de seu perecimento. Secretamente, a NASA vinha bolando um plano para colonizar um outro planeta e o filme se desenrola nesse mote, contrapondo-se a necessidade de se buscar um novo mundo, uma decisão que beneficia o coletivo, ao desejo de se permanecer junto a quem se ama, uma decisão puramente individual.

Ao fim, o filme dá uma guinada fantástica, tornando o desfecho bem legal. Só não curti um detalhezinho de nada do final, mas este não tirou o brilho da obra como um todo. Não vou entrar em detalhes sobre a história nem dar spoilers, mas faço questão de falar sobre o modo escolhido para contá-la.

Bom, Interestelar é uma ficção científica que, acertadamente, não menciona quando os fatos narrados aconteceram. Não há menção a datas ao longo do filme, apesar de carros, roupas, instrumentos, arquitetura et cetera darem uma pequena noção a esse respeito. Mas, ao mesmo tempo que esses objetos nos são familiares, há naves, robôs e itens de tecnologia que denunciam uma época mais avançada no futuro. A impressão de que se trata de uma história no tempo presente deixa de existir, quando se percebe que o mundo ali mostrado é um mundo pós-apocalíptico, é o que sobrou após determinada "mudança" no planeta. No caso do filme, tal mudança levou a civilização humana a direcionar todos os esforços para a produção de comida. Essa é a prioridade. Carros, computadores e utensílios em geral ainda utilizados são os que provavelmente já existiam quando da catástrofe, daí porque estamos no futuro, mas olhando para coisas que reconhecemos como sendo típicas do nosso tempo presente.

Além do que mencionei, a história envolve avanços tecnológicos na área referente a viagens espaciais (naves, velocidade, tempo, coisas assim) e, de novo acertadamente, ninguém se preocupou em explicar como as coisas funcionam do jeito que funcionam. Isso é fantástico! Por que? Porque afasta o telespectador da necessidade de avaliar se o que está sendo mostrado é plausível ou não. Ninguém menciona, por exemplo, como a nave consegue entrar em órbita ou que combustível ela utiliza, tampouco se fala sobre a mecânica e a química presente na câmara de hibernação, enfim. Dessa forma, pode-se focar a audiência na história e nada mais. A gente senta na cadeira, assiste ao filme e presume que tudo o que está acontecendo é ou será possível após alguns  anos de estudo e desenvolvimento. Pronto. E só! Nada de julgamentos (não sobre esses aspectos, ao menos).

É isso.

Assistam.

É muito bom.

P.S.: do meu ponto de vista, a ficção científica mostrada no filme não é o tema principal, mas um pano de fundo para a história de amor, dedicação e sobrevivência que se passa entre as personagens.


terça-feira, 11 de novembro de 2014

Percepção Musical.







Respondendo ao comentário da minha amiga Meia-Alemã no post anterior, digo que sentir a música é algo essencial à percepção da mesma. Não tenho dúvidas quanto a isso. O problema é que as poucas pessoas que ouço falarem a respeito do que significa "sentir a música" geralmente tecem comentários um tanto quanto pretensiosos, como se esse "sentir" fosse uma dádiva divina concedida apenas aos dançarinos escolhidos pelo universo para serem os melhores... Bullshit.

Não sendo suficiente esse discurso, essas mesmas pessoas, para demonstrar o que estão falando, vão dançar de improviso para que seus "discípulos" vejam do que estão falando. Daí eles escolhem uma música e dançam... ¬¬ ... Perdoem-me meu ceticismo, mas a música escolhida nunca é uma nova e desconhecida. Não. É alguma "queridinha" de quem vai dançar ou do público... Aí, meus amigos, não vale... Conhecendo a música, é simplesmente muito fácil dançar com musicalidade. Você já a conhece, já sabe de forma antecipada o que nela vai acontecer... Com tudo isso, é muito simples programar um movimento para encaixar na música e dizer que isso é "sentimento".

Uma das coisas que pretendo aqui é retirar dos egoístas o conhecimento que eles acham que tem e mostrá-lo para qualquer um que se interesse por dançar, ou por musicar ou pelos dois. Minha intenção é desmistificar o que alguns teimam em dizer que é difícil, que é algo compreendido apenas por quem tem essa """""dádiva""""".

É isso.

Prosseguindo.

Musicalidade é percepção musical. Todos a temos, sem exceção (até um surdo, só que ele está limitado pela ausência de audição e tem de se valer dos outros sentidos para isso). E o que é percepção musical? Para responder essa pergunta, podemos fazer uma pequena divisão e falar em percepção musical sensorial e percepção musical técnica.

Percepção musical sensorial.

Essa é a percepção que todos nós temos desde criança, quiçá desde o ventre materno. É a percepção íntima. É o que a música fala com você e só com você. É o que ela te faz sentir e pensar. Dessa percepção, se é gerada uma vontade de mexer o corpo, surge a dança. Esse mexer-se decorrente dessa percepção e gerando uma dança, por sua vez, origina um dançar puro, livre de julgamentos e perfeito por definição, pois não está submetido a qualquer regra ou valor. Ele é o que é e ponto final.

Essa percepção pulsa e é muito presente nas primeiras fases da vida, quando ainda se é criança, mas é reprimida paulatinamente ao passo que se inicia a formação do ego e passamos a nos importar com o que os outros pensam. A partir daí, ou não dançamos mais ou, quando o fazemos, tentamos fazer de acordo com o que se considera comum, correto, normal etc. Isso falando de modo geral, claro, pois sempre há exceções.

É importante dizer que a percepção musical sensorial não acaba nunca. Ela não se esgota ou simplesmente deixa de existir. Ela é apenas guardada (às vezes bem guardada demais) e, se trabalhada da forma certa, pode surgir de novo e ser potencializada.

Retomando um pouco o assunto do início do post, devo dizer que existe outro equívoco referente à essa história de sentir a música. Muito se fala que, sentindo a música, é possível prever o que nela vai acontecer... Bullshit 2. Não, não é possível prever. É sim possível sentir que algo vai mudar, que vai ser alterado na progressão musical, mas prever e ter certeza do que acontecerá não é possível.

Essa previsibilidade é parcialmente possível quando se trabalha a percepção musical técnica, obtendo-se resultado bem semelhante ao que se consegue com a percepção musical sensorial, no entanto com um grau de certeza um pouco maior. QUE ABSURDO!!! ESSA PESSOA DIZENDO QUE SER TÉCNICO É MELHOR DO QUE SER EMOTIVO!!!! Controlem-se, por favor, pessoas que adoram dizer que vivem de acordo com seu coração. Não é isso que estou falando.

Se você, de fato, consegue se conectar com a música de forma a fundir-se emocionalmente com ela, com seu espírito, sua intenção e seus instrumentos, ótimo! Parabéns! Você é um em um milhão (ou mais) e estará plenamente apto a "prever" a música.

Eu não questiono os resultados fantásticos que se pode obter em musicalidade quando nos deixamos levar pela emoção. De forma nenhuma. O problema aqui está em se colocar num estado espiritual de presença e liberdade que permita essa conexão absoluta. O trabalho para se colocar em tal estado sim é muito difícil (difícil meeeeeesmo) e é exatamente onde a percepção musical técnica vem ajudar.

Por que é difícil? Pelo seguinte: considero que a percepção musical sensorial está arraigada na essência. A essência é aquilo que somos de forma verdadeira e inteira. É o todo que nos faz únicos e supera muito a soma de nossas partes. É o elemento de nosso âmago (um elemento dá a ideia de partição, de algo menor, mas, na verdade, trata-se de um elemento universal, pois engloba, como disse, tudo o que somos) que nos conecta com o universo e com tudo o que se tem de transcendental nele. Quanto mais integrados estamos com nós mesmos, mais nos aproximamos de nosso verdadeiro ser e mais agimos de acordo com nossa essência.

Já tive a oportunidade de experimentar algo parecido com esse estado, há alguns anos atrás, após duas semanas de um trabalho intensivo de autoconhecimento, e não tenho palavras para descrever de forma apropriada do que se trata. É, no mínimo, mágico. Em termos mundanos, o que posso dizer é que, após o trabalho, você se sente disposto a tudo, que existe energia em você de forma infinita, que tudo é possível, que todos os problemas são, na verdade, pequenos e por aí vai.

Lembro demais de olhar para mim mesmo, após o trabalho que citei, e perceber que eu era a mesma pessoa de antes, mas que havia algo de diferente. Quando me perguntavam, dizia: "eu me sinto a mesma pessoa, mas agora tenho uma segunda perspectiva". Fico feliz em dizer que acho que ainda não perdi essa segunda perspectiva e que continuo trabalhando para mantê-la viva. Essa experiência, inclusive, foi que abriu os poros do meu espírito e me permitiu admitir para mim mesmo, dentre outras coisas, o quanto gosto de dançar e o quanto isso é fácil, desde que você esteja livre o suficiente para se permitir e se liberar. Apesar dos excelentes resultados, o que passei nessas duas semanas foi bem doloroso e mexeu com coisas que, durante minha vida inteira, preferi deixar trancadas a sete chaves num cofre esquecido em algum poço profundo da minha alma.

Enfim...

O estado de graça ou de quase graça alcançado após um trabalho desse tipo (o que eu fiz não é o único capaz de gerar esses resultados) é o ideal para abrir a percepção musical sensorial. Por que? Porque, nesse estado, tudo o que se refere ao sentir está aberto. Simples assim. E o que se faz para chegar até aí? O que se faz num trabalho desses? Algo simples, mas não tão fácil de se fazer:  conhecer a si próprio. Mas não é qualquer conhecimento. É algo profundo. É buscar a origem de desejos e repulsas, de traumas e sucessos, de identificações positivas e negativas e muito mais para, no fim, entender, com tudo isso, o que você é, o que se tornou e o que pode vir a ser.

Feito isso, fica natural sentir o que quer que seja, inclusive uma música. E é aí, é nesse estado de espírito (e me arrisco a dizer que só nele), que o sentir a música ganha um significado verdadeiro.

Como não dá para todas as pessoas fazerem um trabalho profundo de autoconhecimento (deveriam, mas...), acho que existe um jeito de provocar certas liberações ou, melhor dizendo, libertações do espírito com um método um pouco mais simples.

E é aqui que acredito que a percepção musical técnica pode ser de muito auxílio, mas isso fica para outro post, porque esse já está bem grandinho.




quarta-feira, 5 de novembro de 2014

E dancemos com musicalidade, pois, de outra forma, não há dança...







Então eu vinha falando sobre compasso. Ele é a estrutura mínima que compõe a música e possui várias formas, importando, nesse momento, o compasso quaternário (90% das músicas que se escuta são quaternárias), ao qual vou me ater daqui para frente. 

Pausando um pouco essa questão formal (mas ela será retomada), vou falar sobre algo um tanto quanto abstrato e estranhamente difícil de se compreender: musicalidade. Sabe lá Deus quantos posts serão necessários para esse assunto, então que fique claro que esse é apenas o primeiro e, consequentemente, não encerra o tema.

E que fique claro também que esse tema será desenvolvido tomando como perspectiva a dança.

Enfim...

O que raios é musicalidade? Ouvindo e vendo várias pessoas do meio da dança falando sobre isso, percebi que ninguém entende propriamente do que se trata. A maioria desse povo fala que musicalidade é sentir a música (não dá para ser mais vago e impreciso do que isso.. ) ou que musicalidade é dançar no tempo da música (no tempo 1, no tempo 3... etc). Ambos não me parecem fazer ideia da dimensão do que estão falando e acabam ensinando a coisa toda de forma equivocada.

Enfim, é uma pequena confusão. E bem desnecessária, diga-se de passagem.

Vamos por partes.

Sentir a música é e, ao mesmo tempo, não é musicalidade. Por quê? Sentir música é uma forma de musicalidade, porque quem escuta uma música produz sentimentos através dela ou possui sentimentos despertados por ela, criando, em maior ou menor grau, um enlace emocional com o que se escuta, o que leva o ouvinte a se conduzir de acordo com esses sentimentos (cantar, se balançar no carro, bater o pé, fechar os olhos numa parte mais dramática etc) e, em consequência, conduzir-se de acordo com a música. Sentir a música, ao contrário, não é musicalidade porque os mesmos sentimentos por ela despertados podem levar o ouvinte a interpretar de forma equivocada a sua intenção (a intenção da música) e simplesmente permanecer desconectado do seu cerne, levando-o a se conduzir de forma estranha à música.

Dançar no tempo da música é e, ao mesmo tempo, não é musicalidade. Por quê? Dançar no tempo da música não é musicalidade, porque tempo se conta com números e não é legal se dançar com números. Você dança com a melodia, com a batida, com a voz, com o arranjo, com todos eles ao mesmo tempo e assim por diante, mas não com números. De outra forma, dançar no tempo da música é musicalidade, porque, sendo possível dividir a música em uma célula mínima (compasso) e percebendo-se que tal célula se repete ao longo de toda a música, nota-se que determinados sons e batidas, igualmente, também se repetem durante toda a música. Dessa forma, conseguindo dançar de acordo com, por exemplo, um dos pulsos do compasso (suponha o pulso fraco 2), haverá um mínimo de musicalidade na dança, pois, o que quer que seja realizado musicalmente neste tempo, será repetido todas ou algumas vezes ao longo da música, em cada compasso, nesse mesmo momento. Ou seja, se alguém dançar baseando seus movimentos no tempo 2, alguma musicalidade estará acontecendo.

E o que é musicalidade afinal? Musicalidade é percepção musical; é literalmente perceber o que está acontecendo na música. Todos nós, sem exceção, temos nossa musicalidade em 100%. O que muda de alguém mais experiente para outro que não tenha tanto costume em lidar com isso é meramente uma questão de nível ou grau de percepção.

O que quero dizer é que todos temos potencialmente a mesma capacidade de percepção musical, mas nem todos a utilizam da mesma maneira ou com a mesma intensidade.

Dessa percepção musical é que vem o sentir a música e o dançar no tempo da música. É dessa percepção que decorre o "dançar com musicalidade", expressão que faço questão de destacar, porque ela vai ser bem importante mais para frente.

E é isso, por enquanto.




quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Ainda sobre compasso...





Continuando o post anterior.

O compasso possui essa estrutura bonitinha e tudo, mas ele não é uma espécie de célula fechada e intocável. Vale lembrar que, antes de tudo, veio a música e só após surgiram regras que tentam compreendê-la. O compasso é uma regra desse tipo. É ele que se adequa à música e não o contrário (o contrário também é possível, mas o que quero dizer é que o "musicar" livre e espontâneo é mais relevante do que se compor uma música metricamente perfeita).

Dentro dessa ideia, é possível afirmar também que uma música que começa quaternária, por exemplo, não precisa terminar quaternária. Esse compasso pode mudar e causa um efeito interessante.

Um exemplo lindo e bem claro dessa pequena quebra de parâmetros é a música Pra Sonhar, de Marcelo Jeneci e Laura Lavieri.

Ela inicia quaternária (a introdução instrumental onde se destacam violões e um acordeon) e, lá pelos 45 segundos decorridos, mais ou menos quando se inicia o vocal, a música muda para o compasso ternário. Acho que o primeiro pulso do compasso ternário dessa música acontece nos 46 segundos (ao menos na versão que tenho no celular).

Problemas? Nenhum. A música é linda, a letra é linda, os arranjos são lindos, o videoclipe é lindo, enfim... 

Ideia final da história: a métrica ajuda a compreender a música (e, posteriormente, vai ajudar a compreender a dança), mas não a determina, limita ou subjuga. Pelo contrário. Ela existe para ajudar e é apenas uma ferramenta, um acessório mesmo, da criatividade musical.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Compasso...






Não é o instrumento gráfico construído para desenhar circunferências. Refiro-me ao compasso musical.

Compasso é o número mínimo de pulsos que definem um ritmo. Os mais comuns por aqui no ocidente são o compasso ternário e o quaternário. O primeiro é composto por 3 pulsos. Desses três, o primeiro é o pulso forte e os dois seguintes são pulsos fracos. Fica mais ou menos assim:

1 ... 2 .... 3 .... 1 ... 2 .... 3 .... 1 ... 2 .... 3 .... 1 ... 2 .... 3 .... 1 ... 2 .... 3 ....

Exemplo de música ternária: valsas. Exemplo popular de música ternária: Vilarejo (Marisa Monte).

O compasso quaternário possui 4 pulsos, como o próprio nome já denuncia. O primeiro é o pulso forte, o segundo e o quarto são pulsos fracos e o terceiro é um pulso meio-forte. Seria mais ou menos assim:


 1 ... 2 .... 3 ....4.... 1 ... 2 .... 3 ....4.... 1 ... 2 .... 3 ....4.... 1 ... 2 .... 3 ....4....

Exemplo de música quaternária: 90% do que se escuta no ocidente. Por que? Não sei... Mas esse me parece o compasso com o qual se trabalha mais facilmente a estrutura rítmica natural do ser humano. Geralmente, quando alguém cantarola alguma coisa de sua autoria, o faz em um compasso de 4 pulsos. Há execeções? Sim!! Várias. Nada em música é propriamente uma regra e, quando é, não é algo que não possa ser revisto ou até quebrado. Se o resultado dessa quebra vai ser bom, aí já não sei...

Li não sei aonde que um compasso com mais de 4 pulsos soa estranho ao ouvido humano... Por que e o que isso significa não faço ideia, mas, de fato, soa estranho... Tome-se por exemplo a música Fire, do compositor Brian Crain. Ela é uma música cuja menor estrutura rítmica possui 5 pulsos. Do que entendo de música, acho que ela possui um compasso complexo, formado por um compasso ternário (3 pulsos) e um binário (2 pulsos)... Vale dizer que não é porque ela soa estranho que é feia ou algo assim. A música é lindíssima..  Mas isso já foge um pouco do que pretendo com esse post.

Por que escrevo sobre isso? Porque tenho andado muito pelo meio da dança e cada vez mais percebo que a ausência de conhecimento musical básico prejudica demais os dançarinos, sejam eles experientes ou iniciantes. O segundo motivo é que pretendo formular uma espécie de cartilha ou aula básica, na qual certas coisas sobre música serão explicadas, dentre elas o compasso.

E o básico do básico é isso.

Aviso aos zoukeiros: todas as músicas que dançamos são quaternárias. Isso é fácil. Não tão fácil (para quem não tem costume de lidar com esse tipo de coisa) é enxergar como isso acontece na música.



quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Resumo rápido dos últimos meses...


 


Do que interessa:

1. Parei de pedalar e não sei se volto. Fui ao médico e ele disse que tenho princípio de artrose no joelho direito, ocasionada exatamente pelo movimento de pedalar... Nada bom... Antes que o princípio vire um desenvolvimento e uma conclusão, parei de vez...

2. Isso modificou minha rotina de transportes diários, mas já dei um jeito. Qualquer dia falo qual foi o jeito.

3. Pela primeira vez na minha vida fiz algo por mim e só por mim, o qual sabia não ser tão certo, mas do qual não me arrependo. Só me arrependo das consequências que esse ato gerou para terceiros. Mas o tempo passa e tudo vai ficando bem.

4. Terminei de aprender duas músicas de um compositor chamado Brian Crain. São elas: Song of the Heart e Morning Mist. Quando conseguir gravá-las com um mínimo de erros, coloco aqui.

5. Dança de salão entrou de vez na minha vida e alguns caminhos interessantes estão sendo trilhados com base nisso.

6. Comecei a estudar Edificações no IFCE, mas parei esse semestre e acho que vou parar o próximo também, porque simplesmente tinha muita coisa acontecendo muito rápido e minha cabeça pirou (pirou mesmo, mas só vim me dar conta disso depois de um tempo...).

É isso.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Revendo rascunhos...

Encontrei esse post no meu arquivo de rascunhos... Achei que já tinha publicado, mas, aparentemente, ainda não...

Just Talking...



Então... Você é um manipulador, é ou não é?
Não acho.
Mas essa é uma verdade. Não é "a" verdade, mas é uma verdade.
Pode ser. Também sou várias outras coisas.
Eu sei. E por que você não deixa ela em paz? Ela sabe e sempre soube o que fazer. Deixe-a viver, viva com ela e seja feliz. Simples assim.
É difícil. Quando se perde o contato que se teve um dia, é complicado retomar a convivência, o hábito de escuta e, em especial, a confiança. Como saber se é ela que está falando?
Você simplesmente sabe. Você sabe disso, sempre soube.
É. Pode ser. Mas protegê-la tem parecido uma prioridade maior do que expô-la. 
Ela sabe se cuidar. Você é que não sabe fazer isso tão bem quanto acha.
Quando você diz "você", na verdade, quer dizer "nós", concorda?
Concordo. Mas o que importa é que você me entendeu.
É, entendi. Mas não fique se achando não. Você é apenas o extremo oposto que supostamente deveria nos trazer para o centro.
É o que eu tento fazer, mas você não me permite. Fica se atendo a coisas pequenas e esquece do que realmente importa.
E o que realmente importa.
Ah... Essa é a grande pergunta...
E?
Você sabe a resposta. Não preciso dizer.
É, eu sei.
Sabe sim.


E esse foi um modelo de conversa em que o ego falava consigo próprio sobre a essência.

Exercício de auto-conhecimento.

Julgadores julgarão.

Mas o blog é meu, então, foda-se.



quarta-feira, 18 de junho de 2014

Eu amo carros, mas...






Uou... Faz muito tempo que não escrevo aqui, mas acho que juntei, nos últimos meses, ideias para fazer alguns posts com alguma frequência durante algumas semanas.

A primeira ideia que me estala na cabeça é referente ao trânsito de nossa cidade. Nossa cidade de Fortaleza, capital do Ceará. Uma maravilha não? Ruas espaçosas, motoristas educados, motoqueiros cordiais, asfalto liso, ausência de buracos e nenhum problema aparente que assole nossa comunidade motorizada e não motorizada.

Não preciso dizer que nada disso é verdade. O trânsito em Fortaleza está caótico, segundo muitos afirmam. Na minha opinião, ele está apenas seguindo a trilha natural do atual modelo de transporte público e particular que nos é vendido.

Quem é o responsável? Vixe... Pergunta difícil... Há duas semanas, percebi que o responsável por essa bagunça é algo que depende muito do ponto de vista de cada um. Exemplo: obras nas avenidas Dom Luís e Santos Dumont. Eu achei excelentes as obras e a ideia delas. O que foi feito? Foram transformadas em vias de mão única, com 4 faixas cada uma e sentidos contrários. Santos Dumont liga o Centro à Praia do Futuro e a Dom Luís faz o caminho inverso (mais ou menos, na verdade, pois elas não chegam verdadeiramente aos limites destes extremos, salvo a Santos Dumont que, de fato, desemboca na praia). Mi mi mi de duas colegas de trabalho: "Ahhhhhhhhh!!!!!!! Ficou horríiiiiiiiiiiivel!!! Agora, quando eu vou visitar minha mãe, tenho que dar mais voltas do que dava antes e as ruas que cruzam as avenidas estão sempre lotadas!!!!".... ¬¬

Perfeito! Vamos deixar a maioria dos moradores do entorno dessas avenidas passarem de uma a duas horas presos em engarrafamento, mas vamos garantir que a Fulana possa visitar a mãe dela o mais rápido possível e ainda ter vaga para estacionar na rua... ¬¬

Exemplos parecidos eu poderia citar vários.

A responsabilidade da Prefeitura ou mesmo do Estado é patente e não pode ser afastada, mas o verdadeiro responsável pelo trânsito caótico de nossa cidade somos NÓS. É isso. Nós mesmos. Os vangloriáveis motoristas que amam carros e querem, independente de qualquer coisa, uma rua livre para acelerar a duzentos por hora. Nós, que queremos ir de carro para qualquer lugar que exija deslocamento. Qualquer lugar! Nós, que nos sentimos tolhidos em nosso direito de ir e vir, porque o trânsito não nos permite chegar ao shooping em 15 minutos. Trânsito este que é feito por quem? Quem? QUEM? ... ¬¬

Parabéns ao motorista cearense por ser o problema do nosso sistema de transporte e não perceber que ele também é a solução.

Parabéns dobrado para a indústria automobilística, que consegue abrir uma concessionária nova por mês nessa cidade, que consegue cobrar preços que não retratam o verdadeiro valor do carro e que, ainda assim, consegue nos fazer pagar por eles.

É isso.

E, mesmo assim, eu ainda quero um Renault Duster. Só usaria no fim de semana, vez que nos outros dias me movimento na cidade de bicicleta, maaaaaaas... mesmo assim, ainda quero um Renault Duster.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

9 months... 9 things to love about her



  
She´s smart


She´s lazy (in a cuddling kind of way)
 

  
 She´s sensitive


 She´s kind


She´s intense


She´s humble

  
She´s cute

 
She´s awesome


She´s happy


 None of those things is more important than the other... 

And she loves this dog...

And I love her...

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Just Perfect...



So, I was hanging out on Tumblr and then this wild post appears:

"Haha, here you go. You hit the gold mine this time! I included a timeline of us in photos together….because I seriously adore this guy and it made me so happy to look at all these photos again. Hope you don’t mind. :) 
We started out two little silly pies. 
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And then we met as those awkward 11 and 12 year olds
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And then I started liking him back….and he asked my dad’s permission to take me to homecoming and give me my first kiss. I was 16 and he was 15. We were definitely awkward here. :)
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And then he turned 16 and I turned 17 the next year  :)

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And then the next year when I turned 18 and he turned 17 :)
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Then we went overseas together and we decided we knew marriage was in the future.
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And then I cut my hair all off and turned 19 and graduated with my AA and went away to college
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And then I figured out how madly in love with Ryan I was and came home and he graduated college and my hair started getting long again
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And then Ryan went away at school and was poor and lived in his car for a while and I used to drive to meet him at Starbucks an hour away and we fell in love all over again in that little Starbucks and it was wonderful.
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And then he proposed when he was 19 and I was 20
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and then we got married on the most beautiful day of my life… only a few months later…..because, in our hearts, we knew we were always meant to be together since we were 12 years old.
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and now we are married and it was the greatest decision we ever made.
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and there’s is the beginning of our adventure together. (and if you’re still following me after this ridiculous overload of Chelsie & Ryan photos, I will love you forever :) "


Cute story, cute persons... Hope they live happily ever after.

I hope the author don´t mind for me to post it on my blog... I guess not... She put it on Tumblr.. so...