sexta-feira, 20 de junho de 2014

Revendo rascunhos...

Encontrei esse post no meu arquivo de rascunhos... Achei que já tinha publicado, mas, aparentemente, ainda não...

Just Talking...



Então... Você é um manipulador, é ou não é?
Não acho.
Mas essa é uma verdade. Não é "a" verdade, mas é uma verdade.
Pode ser. Também sou várias outras coisas.
Eu sei. E por que você não deixa ela em paz? Ela sabe e sempre soube o que fazer. Deixe-a viver, viva com ela e seja feliz. Simples assim.
É difícil. Quando se perde o contato que se teve um dia, é complicado retomar a convivência, o hábito de escuta e, em especial, a confiança. Como saber se é ela que está falando?
Você simplesmente sabe. Você sabe disso, sempre soube.
É. Pode ser. Mas protegê-la tem parecido uma prioridade maior do que expô-la. 
Ela sabe se cuidar. Você é que não sabe fazer isso tão bem quanto acha.
Quando você diz "você", na verdade, quer dizer "nós", concorda?
Concordo. Mas o que importa é que você me entendeu.
É, entendi. Mas não fique se achando não. Você é apenas o extremo oposto que supostamente deveria nos trazer para o centro.
É o que eu tento fazer, mas você não me permite. Fica se atendo a coisas pequenas e esquece do que realmente importa.
E o que realmente importa.
Ah... Essa é a grande pergunta...
E?
Você sabe a resposta. Não preciso dizer.
É, eu sei.
Sabe sim.


E esse foi um modelo de conversa em que o ego falava consigo próprio sobre a essência.

Exercício de auto-conhecimento.

Julgadores julgarão.

Mas o blog é meu, então, foda-se.



quarta-feira, 18 de junho de 2014

Eu amo carros, mas...






Uou... Faz muito tempo que não escrevo aqui, mas acho que juntei, nos últimos meses, ideias para fazer alguns posts com alguma frequência durante algumas semanas.

A primeira ideia que me estala na cabeça é referente ao trânsito de nossa cidade. Nossa cidade de Fortaleza, capital do Ceará. Uma maravilha não? Ruas espaçosas, motoristas educados, motoqueiros cordiais, asfalto liso, ausência de buracos e nenhum problema aparente que assole nossa comunidade motorizada e não motorizada.

Não preciso dizer que nada disso é verdade. O trânsito em Fortaleza está caótico, segundo muitos afirmam. Na minha opinião, ele está apenas seguindo a trilha natural do atual modelo de transporte público e particular que nos é vendido.

Quem é o responsável? Vixe... Pergunta difícil... Há duas semanas, percebi que o responsável por essa bagunça é algo que depende muito do ponto de vista de cada um. Exemplo: obras nas avenidas Dom Luís e Santos Dumont. Eu achei excelentes as obras e a ideia delas. O que foi feito? Foram transformadas em vias de mão única, com 4 faixas cada uma e sentidos contrários. Santos Dumont liga o Centro à Praia do Futuro e a Dom Luís faz o caminho inverso (mais ou menos, na verdade, pois elas não chegam verdadeiramente aos limites destes extremos, salvo a Santos Dumont que, de fato, desemboca na praia). Mi mi mi de duas colegas de trabalho: "Ahhhhhhhhh!!!!!!! Ficou horríiiiiiiiiiiivel!!! Agora, quando eu vou visitar minha mãe, tenho que dar mais voltas do que dava antes e as ruas que cruzam as avenidas estão sempre lotadas!!!!".... ¬¬

Perfeito! Vamos deixar a maioria dos moradores do entorno dessas avenidas passarem de uma a duas horas presos em engarrafamento, mas vamos garantir que a Fulana possa visitar a mãe dela o mais rápido possível e ainda ter vaga para estacionar na rua... ¬¬

Exemplos parecidos eu poderia citar vários.

A responsabilidade da Prefeitura ou mesmo do Estado é patente e não pode ser afastada, mas o verdadeiro responsável pelo trânsito caótico de nossa cidade somos NÓS. É isso. Nós mesmos. Os vangloriáveis motoristas que amam carros e querem, independente de qualquer coisa, uma rua livre para acelerar a duzentos por hora. Nós, que queremos ir de carro para qualquer lugar que exija deslocamento. Qualquer lugar! Nós, que nos sentimos tolhidos em nosso direito de ir e vir, porque o trânsito não nos permite chegar ao shooping em 15 minutos. Trânsito este que é feito por quem? Quem? QUEM? ... ¬¬

Parabéns ao motorista cearense por ser o problema do nosso sistema de transporte e não perceber que ele também é a solução.

Parabéns dobrado para a indústria automobilística, que consegue abrir uma concessionária nova por mês nessa cidade, que consegue cobrar preços que não retratam o verdadeiro valor do carro e que, ainda assim, consegue nos fazer pagar por eles.

É isso.

E, mesmo assim, eu ainda quero um Renault Duster. Só usaria no fim de semana, vez que nos outros dias me movimento na cidade de bicicleta, maaaaaaas... mesmo assim, ainda quero um Renault Duster.