Não importa o quanto dure, a vida é sempre a mesma para todos: você nasce, luta para sobreviver, aprende o que tem que ser aprendido e, no fim, retorna para os braços de sua origem.
Cecília nasceu, lutou e se foi.
É... foi foda. O falecimento dela foi muito triste. Não podia ser diferente, visto que ela foi muito esperada...
No entanto esse acontecimento (morte física) era uma possibilidade real e conhecíamos os riscos. Ela ter partido (ou simplesmente retornado) acabou se tornando, na verdade, um alívio, tendo em vista o sofrimento que seu corpinho passava. Se pensarmos com clareza, veremos que Maria Cecília Bandeira Achilles está melhor agora do que jamais esteve neste planeta.
A realidade é que essa "perda" dói porque somos limitados demais para entender a perfeição divina. Sempre desejamos o que achamos melhor em termos mundanos, carnais e egóicos e, quando as coisas não acontecem dentro do que humanamente foi planejado, dá nisso: sofrimento.
Paciência.
Mesmo assim, mesmo com a esperança de vida nutrida por todos, minha Mamãe e minha Irmã (mãe da Cecília), já cientes de que a situação não era fácil, fizeram uma coisa muito boa, digna e madura nas últimas semanas: elas disseram para Cecília que ela podia ir se quisesse. Isso foi uma libertação tanto para elas quanto para a Cecí. E esse princípio de aceitação de sua partida sem dúvida vai ajudar muito na recuperação do impacto.
No fim, a verdade mesmo é que Cecília está muito bem viva onde quer que esteja. O que sepultamos no cemitério neste sábado foi apenas o invólucro por ela ocupado nestes seis meses... Um lindo invólucro... um anjinho, como disse minha irmã...
E assim nos despedimos dela... Mas apenas em parte... O corpo dela não está mais entre nós, não dá para negar. Sua essência, no entanto, está muito bem resguardada em nossos corações e em tudo que nos cerca, comungando com o universo em absoluta presença.
TMTA.