Outro fato curioso sobre a Rebeca, minha sobrinha "por adoção", e sobre crianças em geral.
Segunda-feira da semana passada, estava ela lá em casa passando o dia. Certa hora vem a Rebeca de fininho até meu quarto e vai entrando toda desconfiada (é engraçado isso). Ela chega e me vê mexendo no meu violão. Eu coloco o mesmo deitado sobre a cama e a convido a tocar nele. Ela se aproxima e faz menção de que quer subir na cama. Eu a coloco sentada na cama, de frente para o violão e começo a tocar nas cordas para ela ver que elas fazem som e tal.
Aos poucos ela foi tocando em cada uma, em duas ao mesmo tempo, em todas, às vezes batendo, às vezes puxando, enfim, experimentando tudo de todas as formas, como é típico de toda criança.
O legal da história foi ver que, em determinado momento, ela começou a tocar as cordas com uma frequência tal que se podia até detectar um ritmo. Não havia uma melodia, mas havia ritmo. Ao mesmo tempo, ela balançava a cabeça e o corpo de um lado para o outro, seguindo a música que ela tocava, e ainda balbuciando palavras (que eu não entendi) como se cantasse.
Eu olhei e pensei: "fantástico!". A Rebeca, criança de apenas 2 anos, já possui de forma inata a semente musical. Os sons, ritmos e melodias do mundo já estão presentes nela e se mostram toda vez que têm chance.
Não quero dizer que ela será uma super musicista ou que tem um dom especial para música. Pode ser que tenha. Mas o interessante foi ver como a música faz parte de nossa essência. Ali, na Rebeca, é bem fácil de ver isso, pois, sendo uma criança, ela age de forma muito mais livre, espontânea, natural e em contato com a essência do que nós, seres "maduros".
Ela não precisou de aulas de violão, canto ou dança para fazer o que fez. Aquilo tudo já existia dentro dela. Ela só precisou expressar.
Posso ter presenciado a primeira composição de Rebeca Achilles! Quem sabe...
Falou.
Garota Elíptica, como não sei se vou falar contigo hoje, boa viagem.
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