terça-feira, 13 de agosto de 2013

De boas intenções o inferno está cheio






Ditado popular que significa: "seus atos contam mais que suas palavras"... ou algo parecido com isso.

A galera geralmente acha que nós somos o que pensamos ser. Não é bem assim. Adianta ser alguém bom, generoso, caridoso e, na vida, tratar os outros com ignorância, egoísmo e indiferença? Não... Não adianta. 

Aaahhhhhhh..., mas eu não queria magoar ninguém, fazer mal algum! Eu queria que todo mundo fosse feliz, bla, bla, bla, mi, mi, mi... ¬¬ ... Whatever a sua intenção. Se seus atos não representam ou manifestam o que você quer ou sente dentro de si, de nada adianta essa imensidão de bondade, altruísmo e benevolência.

Virou moda, há um tempo atrás, as pessoas dizerem que "seguem o que sentem", "o que diz seu coração" e que "são autênticas" porque agem dessa forma e tal... 90% das pessoas que fala isso geralmente são egoístas ou se portam como tal. Por que? Porque, se você age de acordo com o que sente e só, sem considerar nada mais nessa equação, a probabilidade de você agir unicamente para si, ou seja, com interesses voltados para seu próprio benefício, é enorme e quase sempre é o que acontece!

É muito simples: o homem é um ser social. Se você vai fazer qualquer coisa nesse meio, no ambiente social, você deve sim considerar as pessoas que serão atingidas por tal atitude. Isso não se confunde com "se preocupar com o que os outros vão pensar de você"! São coisas bem diferentes. Na primeira, você está sendo gentil e cordial, medindo como seus atos podem ser modulados para causarem o melhor efeito no meio em que ele será cometido. Na segunda opção, você é apenas mais um egoísta (depois explico por que... ou não).

Vai fazer alguma coisa que afete alguém? Reflita sobre sua atitude frente à essa pessoa. Vai ser bom para ela? Ela precisa disso? Depois você pensa se vai ser bom para você e se você precisa disso... Também cabe considerar os motivos pelos quais se quer fazer tal coisa... Enfim.

Exemplo! Meu irmão pega minha sobrinha de 11 meses e agarra para dar um beijo. Ela chora. Atitude claramente egoísta. Ele pensou unicamente no prazer que teria fazendo aquilo etc. Ah, mas ele gosta tanto dela, queria só fazer um carinho e ele é o tio, mi, mi, mi... ¬¬... Já disse lá em cima: whatever sua intenção. Por mais amor que houvesse naquele ato, o que realmente ficou claro é que a menina não gostou do que aconteceu. Adiantou a belíssima intenção residente no caloroso coração do rapaz? Nope.

A solução para isso é bem simples, como já disse antes: se é a privacidade dela que será invadida, é na perspectiva dela que meu irmão deve refletir sobre sua atitude. Tipo: "quero fazer isso, será que será bom para ela?".

Não. Não foi bom para ela.

É isso.

P.S.: a história com minha sobrinha realmente aconteceu, mas, nesse texto, ela serve de metáfora. "(...) se é a privacidade dela que será invadida, é na perspectiva dela que meu irmão deve refletir sobre sua atitude. (...)"... Se é a privacidade de X que será invadida, é na perspectiva de X que Y deve refletir sobre sua própria atitude. Regra difícil de aprender e pôr em prática, mas muito, muito útil.




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