segunda-feira, 7 de maio de 2012

E a fluidez finalmente apareceu...





Mais um capítulo na história de aprendizado de La Démarche. Hoje pela manhã, como de costume, sentei ao piano para praticar alguma coisa e sempre termino tocando essa música ou alguma parte dela...

Dessa vez, no entanto, me concentrei apenas na sua velocidade. Quando toco essa música num ritmo superior ao que me acostumei, próximo do original, observo três problemas: muita força nos dedos, pulso muito rigido e antebraço cansando logo.

Hoje pela manhã, no entanto, o volume do meu piano, que é digital, estava um pouco mais alto do que o normal. Quando comecei a tocar, iniciei bem suave (forçando menos o bater em cada tecla) e percebi que não precisava fazer tanta força para que o som ficasse claramente audível. No mesmo momento, me dei conta de que a flutuação das mãos sobre as teclas ficaria mais fácil se eu pudesse sempre utilizar essa suavidade e que, dessa forma, tocar essa música mais rápido seria menos cansativo.

Juntei as duas coisas e decidi tentar tocá-la na velocidade que tem que ser. Para minha surpresa, deu certo! Deu tão certo que a forma de tocar automaticamente mudou e, pela primeira vez, me ouvi tocando de forma muito parecida (muito mesmo!) ao jeito que ela é interpretada por seu autor. As acentuações que mencionei no post anterior, a própria velocidade, a sensação de fluidez que sempre senti quando ouvia a música, tudo estava lá, saindo das minhas mãos. Essa fluidez me deixou extasiado, pois, pra mim, é a característica mais relevante dessa música e, até o presente momento, sempre me senti tocando-a de forma muito seca. Não fica feio, mas não é como deveria ser...

Pequeno ponto de mutação, mas muito importante. Pequeno porque consegui em poucas oportunidades tocar  assim tão igual. Foi mais um momento de experimentação e escolhi trechos específicos da música para as tentativas. E como não estou habituado a esse "jeito" novo, ainda me confundi um pouco. Mas o que  é relevante é que cheguei no ponto em que identifiquei o que acontece na música, na prática, ou seja, o que o  Yann Tiersen fez para extrair o som que escuto.

Ainda não está igual, mas ficou bem próximo. A partir daqui, posso começar a pensar no próximo passo, que é o refinamento da música. Aliás, mais ou menos, não posso esquecer que ainda tenho que tocá-la por inteiro sem parar... e sem erros...

Bom, é isso.
Falou.

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