domingo, 28 de fevereiro de 2010

O mundo é construído em cima de opostos...

E é mesmo... Dentre eles, vida e morte. Semana passada estávamos eu e a Garota Elíptica indo para o trabalho (peguei carona com ela; que é minha namorada by the way), quando minha irmã me liga e diz: "Ei, como é que tu vai pro trabalho antes de saber que eu tô grávida!". Uau!!!! Foi muito bom ouvir essa notícia. Adoro crianças, adoro minha irmã, esperávamos por isso há algum tempo, enfim foi uma ótima surpresa. Se for um menino, Mateus será seu nome. Eu acho que é um menino...

Um novo ser chega a esse mundo e outro tem de deixá-lo e assim funciona essa confusa e complexa dinâmica que só Deus sabe o nome. No caso, coincidência ou não, quem partiu para uma vida melhor foi a avó do Wilson, meu cunhado, pai do já concebido e futuro Mateus: Dona Iolita.

Dona Iolita se foi. Não a conhecia e ela a mim tão pouco (só de vista), mas o que ouvi a seu respeito me passou a excelente impressão de que se tratava de uma mulher excepcional, que viveu seus momentos de forma intensa e tranquila, sorvendo cada um deles como um bom copo de cerveja. É isso aí, ela gostava de beber cerveja e fazia questão de um copo quando a família se reunia. O enterro foi hoje pela manhã, às 9:00 aproximadamente. O velório durou de ontem até hoje. É uma situação sempre muito triste. Parece que dá para sentir ou absorver parte da energia que envolve as pessoas naquele momento e acaba sendo quase impossível não se emocionar. Eu quase chorei. Acho que a Garota Elíptica chorou.

É isso. Mateus será bem vindo, muito bem vindo e querido. Dona Iolita, sem dúvida, já foi recebida, muito bem recebida no seu devido lugar e agora descansa em paz... Paz? Talvez não... Ao menos não no sentido "preguiçoso" da palavra. Vai ver ela tá pulando e brincando com amigos velhos e novos enquanto segura um copo de cerveja, canta, dança e se diverte de uma forma que nunca conseguiria aqui na Terra. Quem sabe? Tudo é possível... E o mais legal é saber que toda essa diversão e alegria deve estar sendo vivida e sentida de forma infinitamente mais intensa do que seria possível para nós, humanos, pois agora Dona Iolita, em sua essência, não está mais limitada pelo invólucro do corpo e da mente humana.
É, de fato, Dona Iolita passou desta para uma melhor.

Falou.

2 comentários:

Raquel disse...

Chorei lá e chorei aqui, lendo teu post. bjo

Raquel disse...

Ah, e adorei ter sido mencionada.
bjo bjo